A ‘arena sangrenta’ da corrida presidencial é o tom da eleição de 2022

“Do que é que vocês estão rindo?? O que é que vocês estão olhando?”
Fogo no parquinho é o tom da eleição de 2022!

Aparentemente o pleito vai ser mais definido pela capacidade de cada bloco contornar as diferenças, disputas internas, ódio, fogo amigo, do que o desafio de disputar propostas, espaço de narrativa com o campo oposto.

O instinto fratricida tem ditado o ritmo da pré-campanha em todos os ajuntamentos políticos, seja de que lado for.

A esquerda se fragmentando. De um lado Ciro, com artilharia pesada, seus mísseis direcionados cada vez mais ao PT como estratégia definida. Para alguns, uma aposta suicida, para outros, talvez, a única tática ao alcance dele.

Em resposta, a militância petista, que nunca poupou Ciro, mesmo em época de armistício, recrudesce os ataques. A troca de farpas culminou em “bate boca” virtual, com plateia, entre a ex-presidente Dilma Roussef e Ciro Gomes.

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No ninho tucano uma arena sangrenta entre os presidenciáveis João Dória e Eduardo Leite marca as prévias. Se nos bastidores a disputa por votos de correligionários do PSDB já está deflagrada, imagina na “hora do vamo ver”?

Nem o Bolsonarismo e seu séquito fiel escapam as distensões de grupos internos. Após uma série de dissidências no núcleo após a eleição, com a saída ruidosa de figuras chaves como Sérgio Moro, Henrique Mandeta e rachas escancarados de parlamentares como Joice Hasselman, Alexandre Frota, ou o paraibano Julian Lemos, o desafio agora é conter as ambições entre dois blocos de sustentação fundamentais ao projeto: a ala evangélica e o Centrão.

O primeiro acusa o segundo de sabotar a indicação do ministro “terrivelmente evangélico” para o STF, com direito a acusações diretas de Silas Malafaia contra o Ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira.

Portanto, antes dos embates “à vera”, das balas trocadas naquela que se desenha a mais “carniceira” de todas as eleições, todos os agrupamentos, partidos precisam estancar sangrias, que ameaçam causar sérias e irreversíveis hemorragias internas aos projetos de poder.

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