A maconha é uma planta de uso milenar para diversos problemas de saúde. Contudo, há 100 anos ela entrou para as coisas da natureza endemonizadas por ser atrelada as outras drogas, em um mister de causadora de um problema social, quando na verdade a planta estava incomodando outros mercados que a utilizavam para fazer corda.
Acontece que a campanha iniciada nos Estados Unidos tomou conta do mundo todo e começamos esse século vendo a mídia vender uma simples erva como algo tão danoso quanto drogas como a cocaína, crack e até mesmo o álcool.
Acontece que na atual conjuntura que vivemos, com uma vida estressante, cheia de problemas, cobranças e desamor, os efeitos que a maconha causa aos poucos vai virando remédio para muitos.
De controle da epilepsia até remédio anti-stress. São centenas de problemas que podem ser combatidos com a planta. O mercado de canabidiol está em ampla expansão. Decisões judiciais favoráveis ao comércio desse item como medicação, mas será que a sociedade está preparada para assimilar esse remédio?
Para se ter ideia, ontem o Superior Tribunal de Justiça determinou que uma operadora de plano de saúde forneça medicamentos à base de canabidiol a um paciente diagnosticado com epilepsia grave, autorizando inclusive a importação do produto para utilização em tratamentos de saúde no país.
O uso da maconha para fins medicinais é uma verdade sem volta. Mas, esse caminho tem que percorrido quebrando todos os preconceitos e esteriótipos criados há 100 anos, quando o conservadorismo e o mercantilismo decidiram empurrar uma planta para o banco dos réus da culpa dos males causados pelo homem.
Como vivemos uma realidade atual que parece que estamos no século XVIII, a luta vai ser árdua e muita gente vai falar besteira para não ver esse preconceito ser quebrado.