Os gastos recordes do presidente Jair Bolsonaro (PL) no cartão corporativo ficaram ainda maiores em 2022, ano eleitoral em que ele tentará a reeleição à Presidência da República. Atualmente, a fatura do valor gasto pelo chefe do Executivo atingiu o patamar de R$ 1,2 milhão por mês. Considerando um mês de 31 dias, são gastos aproximadamente R$ 39 mil diariamente. As informações são da Folha de S.Paulo.
A fatura média do cartão subiu de R$ 736,6 mil por mês no primeiro ano de governo para R$ 862,1 mil em 2020. Em 2021, o extrato do cartão do presidente passou a ser de R$ 1,1 milhão por mês e em maio de 2022, a média subiu para R$ 1,2 milhão. Os dados são do Portal da Transparência do governo federal, que reúne informações de 2013 a maio de 2022 (fatura mais recente).
Com esse aumento nas despesas, Bolsonaro bateu recorde de gastos no cartão corporativo em comparação com os seus antecessores. A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) gastou R$ 960 mil por mês na pré-campanha de 2014; e Michel Temer (MDB), R$ 560 mil em 2018 –quando chegou a ser pré-candidato. Os valores foram corrigidos pela inflação do período.
Não é possível comparar o uso do cartão corporativo entre Bolsonaro e Lula, já que nos dois mandatos do petista, a regra para o uso do cartão era diferente.
Os cartões corporativos do Palácio do Planalto são usados, entre outras despesas, para a compra de materiais, prestação de serviços e abastecimento de veículos oficiais. Também financiam a operação de segurança do presidente em viagens, além da manutenção e realização de eventos na residência oficial, o Palácio da Alvorada.
Do A Tarde