O insaciável Bolsonaro renovou a promessa/ameaça de apresentar provas sobre a eficácia de cloroquina e ivermectina no tratamento da Covid.
Segundo o presidente, em fala durante evento evangélico em Brasília, um estudo em finalização vai trazer comprovação cabal da confiabilidade dos famigerados medicamentos no combate ao Coronavírus.
Claro que ninguém em sã consciência leva a sério estes arroubos do Jair.
Bravata, estelionato científico, distorção de fatos, mentira na cara dura, são artifícios indissociáveis do presidente e seu grupo.
À época do barulho em torno do retorno do voto impresso ele alardeava aos quatro cantos possuir provas sobre a fraude no sistema de voto eletrônico. Cadê elas? Quando foram apresentadas? Alguém viu?
Não, ninguém viu. E a vida seguiu, como se não houvesse absurdo em um chefe de nação levantar falsas alegações. Além de ser leviano, inventar dados, criar factóides, desacreditar um sistema, tumultuar um processo, atacar instituições apenas em defesa de seus interesses…
Não há qualquer pudor nos adeptos deste estilo em blefar, mentir deslavadamente, fraudar pesquisas. Sequer em usar humanos como cobaia, vide a Prevent Sênior!?!?
O problema é que se naturalizou os excessos, aberrações, crimes deste cidadão que ocupa o Palácio do Planalto, na maior anomalia deste país de absurdos pretéritos.
A aceitação, mesmo que tácita, o fato de Bolsonaro ainda ocupar o poder e ter tantos seguidores telecomandados após o arsenal de disparates que desfere diariamente, diz muito mais sobre nós do que seu clã infame.
Adoecemos enquanto sociedade.
E, diferente da Covid, ainda não há vacina para este mal endêmico nacional.