Arthur Moledo Val, conhecido como ‘Mamãe Falei’, é um deputado estadual por São Paulo que se fez politicamento por conta do MBL – Movimento Brasil Livre. A mesma organização foi quem fez uma vaquinha para financiar sua viagem à Rússia, onde um escândalo cruel veio à tona com a divulgação de áudios.
O deputado viajou à Ucrânia, na última semana com o objetivo de acompanhar o conflito e ajudar o povo ucraniano após a invasão da Rússia. A viagem, amplamente divulgada em sites e nas redes sociais de transformou quando relatos em áudios do parlamentar vazaram.
Nele, o parlamentar descreve suas impressões sobre as mulheres da Ucrânia e, em um dos trechos, afirma que elas “são fáceis, porque são pobres”. Na sequência, ele acrescenta. “E detalhe, hein. Elas olham e, vou te dizer, elas são fáceis, porque são pobres. E aqui, a minha conta do Instagram, cheio de inscritos, funciona demais. Não peguei ninguém, porque a gente não tinha tempo, mas colei em dois grupos de ‘minas’ e é inacreditável a facilidade”.
O cancelamento a Mamãe Falei foi imediato. O pré-candidato à Presidência da República Sergio Moro (Podemos) disse ter rompido com do Val, seu aliado político. Já o Podemos classificou como “gravíssima e inaceitável” a conduta do deputado e anunciou a abertura de um procedimento disciplinar para investigar as falas sexistas dele. E a namorada de do Val, Giulia Blagitz, terminou o relacionamento com o deputado.
Novas denúncias
Como se não fosse pouca a atrocidade, neste domingo (6), novas denúncias em à tona sobre Mamãe Falei. A advogada Tânia Mandarino conta o que ‘Mamãe Falei’ fez a estudantes secundaristas de Curitiba. A matéria do Viomundo traz um relato do cruel tratamento que o acusado, ainda na condição de Youtuber e membro do MBL, fez com as jovens.
O relato
Em 19 de outubro de 2016, uma estudante secundarista de 17 anos de idade, a quem passarei a chamar de Karol (nome fictício) estava nas dependências do Colégio Estadual do Paraná, quando observou que um homem filmava, de forma ofensiva e provocativa, a ocupação dos estudantes, da qual ela participava.
Karol e seus colegas, em sua maioria adolescentes, orientaram o provocador que cessasse a captação de imagens, pois eram menores de 18 anos e suas imagens não deveriam ser captadas ou divulgadas, pedindo que o homem se retirasse do local.
Além de não atender o pedido dos estudantes, o provocador permaneceu no local, proferindo palavras de baixo calão. Com a câmera desligada, ele tinha um comportamento, com a câmera ligada, outro.
Umas das graves ofensas proferidas pelo delinquente foi dizer às estudantes, que ali estavam, palavras chulas e de conotação sexual, tais como: “vocês são todas gostosas, se me acharem bonito é só chegar; posso beijar todas as meninas”.
Ainda filmando, porém, sem enquadrar a imagem em seu vídeo, passou a mão pela lateral do seio e a cintura de Karol, que tinha 17 anos de idade.
Foi parar na delegacia
Nesse momento, as pessoas presentes ao local, afastaram o homem dali, colocando-o para fora do estabelecimento de ensino, momento em que Karol, acompanhada por sua irmã e por um advogado que estava no local, decidiu se dirigir até uma delegacia, para fazer registrar a ocorrência.
Como naquele dia a Polícia Civil do Paraná estava em greve, a Delegacia da Mulher, que fica logo ao lado do local dos fatos, recebeu Karol para o registro da ocorrência. Se dizendo agredido, o Mamãe Falei também adentrou a Delegacia da Mulher e exigiu registrar um boletim de ocorrência.
Durante sua permanência naquela delegacia, ele transmitia ao vivo em seu canal, fazendo uso de palavras desrespeitosas, que distorciam a verdade dos fatos e debochavam da instituição de polícia, que é a Delegacia da Mulher.
Esse parece ser só mais uma história de Mamãe Falei. E esperamos que as autoridades chamem o feito à ordem e o quanto antes investigue a conduta deste político.
Fonte: Da Redação do Outro Tanto, com o Uol e o Viomundo