Confira quatro dicas para utilizar o 13º salário com responsabilidade

Segundo dados levantados pela Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 74,6% das famílias brasileiras estão endividadas, número que vem em crescimento constante ao longo deste ano. Entre as dívidas mais comuns estão: cartão de crédito (84,9%), carnês de lojas (20,2%) e financiamento de automóvel (12,7%). Diante deste cenário, Artur Zular, especialista em comportamento, e Marc Lahoud, CEO e especialista em negociações da QueroQuitar, fintech de negociação de dívidas online, separou 4 dicas para usar o 13º salário com responsabilidade e ajudar o brasileiro a começar 2022 com o pé direito.

1 – Pague e negocie as dívidas

A vontade de usar o 13º salário com compras de Natal é grande, mas é importante saber priorizar as dívidas já existentes e não entrar em outras. “Utilize esse benefício para quitar ou adiantar algumas parcelas de uma dívida. Com dinheiro na mão, o consumidor tem maior poder de negociação, seja para diminuir os juros ou parcelas. Isso elimina uma conta fixa e ajuda a começar o ano com um dinheiro a mais todo mês”, comenta Lahoud.

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Dinheiro não traz felicidade, mas traz tranquilidade. Além das vantagens financeiras, quitar ou negociar um débito pode refletir diretamente na saúde mental e emocional das pessoas. Estudos realizados pelo Serviço de Proteção de Crédito (SPC) e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) indicam que 80% das pessoas endividadas já sofreram impacto emocional negativo por conta das dívidas. “As pessoas não ficam endividadas porque querem, elas ficam porque não conseguiram honrar seus compromissos. Isso gera frustração, preocupação e consequências que afetam diretamente a saúde mental, emocional e corporal. Essa situação mexe com a auto-estima e resulta em problemas como: falta de sono, ansiedade, agitação, taquicardia, aumento de pressão, dores no corpo, gastrite, entre outros”, acrescenta Artur Zular, fundador da QueroQuitar, especialista em comportamento.

2 – Gaste com responsabilidade

Ainda assim, se as compras de Natal forem primordiais, compre com responsabilidade. Depois de tempos difíceis e distanciamento social, é normal querer rever os amigos e familiares e não querer chegar “de mãos vazias”. Compre presentes com valores que caibam no bolso, procure e compare valores de produtos mais em conta ou encontre formas criativas e artesanais de presentear, isso pode baratear os custos. “Uma ideia é apostar nas brincadeiras em família, como os tradicionais amigo secreto ou bingo, onde cada acerto dá direito a presentes surpresas de até R$20 levado pelos convidados. É diversão garantida”, diz Lahoud.

3 – Fique de olho nas despesas de Janeiro

O ano é novo, mas as contas de Janeiro costumam ser as mesmas: IPTU, IPVA, escola e material escolar. Sabendo disso, é importante pensar no primeiro mês do ano e reservar uma parte do dinheiro para estas despesas. Com o valor à vista para pagar esses impostos é possível conseguir quitá-los com desconto. Além disso, vale a pena pesquisar com antecedência na internet e comparar os melhores preços para o material escolar da criançada.

4 – Comece uma reserva de emergência

Os últimos meses nos provaram como é importante ter dinheiro reservado para emergências. “Entendemos que nem sempre é possível reservar um valor mensalmente. Se depois de pagar as dívidas, sobrar uma quantia do 13º, porque não iniciar uma reserva de emergência? Com todas as dívidas quitadas, é a oportunidade perfeita para começar a guardar um dinheiro todo mês”, conta Lahoud.

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