Uma empresa eliminou um dia de trabalho durante a semana e mesmo assim mantém faturamento. E esse dia extra virou bônus de um dia de folga para os funcionários. Parece até ficção, mas é uma realidade. “Estamos olhando para o passado e para o presente”. É assim que o CEO da Gerencianet, Evanil Paula, justifica o motivo da fintech mineira de meios de pagamentos optar por reduzir a jornada de trabalho.
A empresária compara a jornada cansativa de cinco dias de trabalho ao fordismo, modelo de produção que ganhou espaço na primeira metade do século XX, que se caracterizou pela automatização da mão de
obra. Hoje em dia, em uma nova realidade ditada sobretudo pela tecnologia, ficar preso a modelos arcaicos de produção é ignorar o presente e, principalmente, o futuro. Portanto, destaca o CEO, é preciso “repensar esse formato”.
De acordo com Evanil, “já era um velho sonho reduzir a jornada de trabalho. Trouxe a discussão para dentro da empresa, tendo em vista que ela já é produtiva, e como o time entrega bem é mais uma forma de compensá-los”, disse.
E continua: “A sexta-feira já é um dia que as pessoas estão cansadas e em um ritmo diferente. Com um dia a mais de descanso, as pessoas chegarão na segunda-feira muito mais dispostas”, completou.
O trabalho na empresa é feito por por 298 funcionários. Todos habituados a uma “cultura” de trabalho “que permitiu a redução da jornada” de cinco para quatro dias.
O dia livre é a sexta-feira. A princípio, a fintech trabalhará no esquema de plantão, com escalas entre as diversas áreas. Assim, alguns colaboradores folgarão na segunda-feira e outros na sexta.
Com o Uol