Recentemente, três casos de infecção pelo superfungo Candida auris tiveram confirmação no Hospital João XXIII, em Belo Horizonte. A Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), que administra a unidade, confirmou que os exames ocorreram no laboratório central de saúde pública da Fundação Ezequiel Dias, e os resultados trouxeram à tona a preocupação com este patógeno de alta resistência e transmissão.
Dos três pacientes que estão com a infecção, dois já receberam alta, um em setembro e outro em 4 de outubro. O terceiro paciente permanece internado. Além desses casos, outros 22 pacientes, com suspeita de infecção pelo fungo, estão sendo monitorados e aguardam resultados de exames. Segundo a Fhemig, até o momento, todos os pacientes estão assintomáticos.
O Que é o Candida auris?
O Candida auris é um fungo altamente transmissível, capaz de colonizar a pele do paciente e o ambiente ao seu redor, o que facilita sua disseminação em ambientes hospitalares. Desde sua identificação pela primeira vez no Japão, em 2009, o fungo causa preocupação mundial devido à sua forte resistência a antifúngicos e à dificuldade de diagnóstico.
No Brasil, os primeiros casos tiveram confirmação em 2021. Desde então, ele tem associação principalmente a pacientes em hospitais por longos períodos, especialmente aqueles com baixa imunidade. O fungo pode ter transmissão por dispositivos invasivos como cateteres, além de utensílios e objetos contaminados.
Como se Prevenir?
Prevenir a infecção pelo Candida auris requer uma série de medidas de higiene e controle. A Fhemig garantiu que o Hospital João XXIII está adotando todas as ações necessárias para evitar a disseminação do fungo. Isso inclui a higienização adequada das mãos, uso de luvas e aventais, e a limpeza rigorosa de ambientes e dispositivos médicos.
Veja abaixo algumas das principais formas de prevenção:
Medida de Prevenção | Descrição |
---|---|
Higienização das mãos | Lavar as mãos com água e sabão é essencial para evitar a disseminação de Candida auris. |
Uso de Equipamentos de Proteção | Uso de luvas, aventais e outros equipamentos de proteção individual é obrigatório em casos suspeitos. |
Limpeza e Desinfecção de Ambientes | Limpeza rigorosa de superfícies e ambientes hospitalares é fundamental para impedir a contaminação. |
Esterilização de Dispositivos Médicos | Utensílios, dispositivos invasivos, como cateteres, devem ser devidamente esterilizados para evitar a transmissão. |
O Impacto da Infecção
A princípio, anfecção pelo Candida auris muitas vezes não apresenta sintomas. Contudo, pode se tornar extremamente grave se atingir a corrente sanguínea. Desse modo, provocando infecções sistêmicas. Ao mesmo tempo, esse fungo é especialmente perigoso em pacientes que estão em hospitais, que já estão com a saúde debilitada, o que reforça a importância de medidas preventivas adequadas.
Conclusão
Diante do aumento de casos de infecção pelo Candida auris, é fundamental que os protocolos de segurança sejam seguidos à risca, tanto pelos profissionais de saúde quanto pelos próprios pacientes e acompanhantes.