CPI da Covid: relatório final vai expor um mar de sangue e negligência

Nesta quarta-feira será apresentado o relatório final da CPI da Covid.

Muitos tentam esvaziar resultados desta Comissão Parlamentar de Inquérito.

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Ok, já começam a surgir divergências, rusgas, até entre a oposição, sobre o tom, crimes imputados,  indefinições apenas com a prévia do relatório vazada…

E também, na prática, se tratando do Brasilzão de impunidade, jeitinhos e otras cositas más, na prática, os escândalos, crimes e tudo o mais revelados podem nem dar em nada, cumprir a sina e acabar na tradicional “pizza”…

Mas convenhamos, essa CPI revelou mais, bem mais do que qualquer outra em tempos diversos.

Isso sem nem precisarmos adentrar os embasamentos técnicos deste relatório final, que será esmiuçado, logo mais, em mil e duzentas páginas.

Vou além, o mar de sangue que jorra sob a inação, inoperância, descaso, negligência e mentiras da condução da pandemia pelo governo federal, se fosse em outra época  já teria causado a deposição e prisão do presidente!

É como se tivéssemos um Brasil inteiro internado na UTI da Prevent Senior!

Inertes, passivos, reféns, à mercê dos experimentos negacionistas, descaso assistencial e flerte com a morte.

E quem nos deu esta ilustração trágica e perfeita do país nestes tempos?? A CPI. Foi lá onde o senhor Tadeu Frederico, de maneira comovente e ao mesmo tempo indignante, revelou os bastidores de sua internação e tratamento quase mortal nesta indústria da morte chamada Prevent Senior!

Uma família, insolentemente, convidada a assistir e ser cúmplice no assassinato voluntário de um ente.

No receituário letal do advogado o famigerado kit Covid, o tal ineficaz tratamento precoce a base de cloroquina e ivermectina, que tem no presidente o seu garoto propaganda.

Não por acaso, o governo federal é apontado com fortes indícios como consorte do experimentalismo mórbido da Prevent Senior.

Nada é por acaso neste país que não é para amadores.

Foi na CPI que também veio a tona a negligência presidencial após quase 60 contatos da Pfizer para venda de doses do imunizante contra a Covid. 

Isso mesmo, “Seu Menino” vários “Olá Naro” em vão, à toa, solenemente ignorados por aquele que, quase deliberadamente, conduziu  mais de 600 mil compatriotas a sepultura

Ainda na CPI se deu cartaz ao escândalo de superfaturamento em contrato milionário para aquisição de vacinas da Covaxin.

Se referendou a tentativa de intervenção governamental na ANVISA.

Escancarou gabinete paralelo para traçar políticas na pandemia, dentre outras patifarias.

Sim, como tudo que envolve a política nacional, a CPI também meteu os pés pelas mãos, teve seus momentos de fragilidade, “bateu palma para doido dançar”, deu palanque aos canalhas.

Como quando permitiu que o senhor Luciano Hang, o “véi da Havan” usasse o palco do Congresso Brasileiro para insuflar outros aloprados nacionais, aqueles tipos, que propagam as teorias do absurdo, amam a política do caos e, pior, se identificam com os seus algozes.

A sensação era de terem levado aquele espetáculo grotesco, ritual de hipnose, manipulação, alienação dos funcionários da Havan para o país inteiro. Quase cantam o hino da loja da Estátua da Liberdade lá.

Enfim, fato é que, o muito para alguns, ou pouco para outros, que foi revelado pela CPI tem elementos de sobra para indignar a nação, convulsionar socialmente o povo, fazer um governo inteiro desmoronar, quase refundar o país!

Mas isso em “condições normais de temperatura e pressão”.

Se não estivéssemos mergulhados em uma distopia!

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