A Paraíba encerrou o primeiro semestre de 2024 registrando 10.932 casos prováveis de dengue e oito mortes pela doença. Segundo o painel de monitoramento de arboviroses da Secretaria de Estado da Saúde (SES) há ainda nove óbitos em investigação. O coeficiente de incidência da dengue no país é, agora, de 269 casos para cada 100 mil habitantes no estado.
O índice de mortes confirmadas pela doença, entre janeiro e junho deste ano, já supera o número de óbitos em todo o ano de 2023, quando foram confirmadas sete pessoas que perderam a vida com a doença. Em 2022, o estado anotou nove mortes.
Dados mostram que a maior parte dos casos prováveis de dengue em 2024 foi anotada entre mulheres (52,8%), contra 47% entre homens.
Entre as cidades, João Pessoa tem o maior número de casos prováveis (5.241), seguida por Santa Rita (447), Campina Grande (300) e Poço Dantas (273).
Ao todo, 49,6% das ocorrências foram identificadas em pessoas brancas, 42,5% entre pardos, 6,2% entre pretos e 0,3% entre indígenas. A faixa etária de 20 a 29 anos concentra a maior parte das vítimas, seguida pela de 30 a 39 anos e pela de 40 a 49 anos.
Quais os sintomas?
O doente pode apresentar sintomas como febre, dor de cabeça, dores pelo corpo, náuseas ou até mesmo não apresentar qualquer sintoma. O aparecimento de manchas vermelhas na pele, sangramentos (nariz, gengivas), dor abdominal intensa e contínua e vômitos persistentes podem indicar um sinal de alarme para dengue hemorrágica. Esse é um quadro grave que necessita de imediata atenção médica, pois pode ser fatal.
É importante procurar orientação médica ao surgirem os primeiros sintomas, pois as manifestações iniciais podem ser confundidas com outras doenças, como febre amarela, malária ou leptospirose e não servem para indicar o grau de gravidade da doença.
Todos os quatro sorotipos de dengue 1, 2, 3 e 4 podem produzir formas assintomáticas, brandas e graves, incluindo fatais.
Como se prevenir?
A melhor forma de se evitar a dengue é combater os focos de acúmulo de água, locais propícios para a criação do mosquito transmissor da doença. Para isso, é importante não acumular água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d´água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros.
Vacina – Em João Pessoa, a imunização contra dengue é ofertada para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. A proteção com o imunizante Qdenga se alcança com duas doses, com intervalo de 90 dias entre elas. A vacina é segura, e a administração do imunizante foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A vacina contra a dengue foi incorporada a assistência preventiva do Programa Nacional de Vacinação, do Sistema Único de Saúde (SUS) e pode ser encontrada nas Unidades de Saúde da Família (USFs).