Do isentão ao mau-caráter! A pandemia moral que atinge figuras da classe artística

O não posicionamento de muitos artistas sobre o atual momento em que vivemos e até mesmo a postura equivocada de muitos deles tem decepcionado muitos fãs desde o controverso impeachment da presidente Dilma até os dias de hoje. São poucas as figuras do universo cultural que tem postura firme em combater as inúmeras mazelas que nos abatem dia após dia.

Nomes como a cantora Ivete Sangalo sempre sairam pela tangente nas discussões, não se posicionando e fugindo do debate político. A baiana chegou a dizer que o problema das 500 mil mortes de covid no Brasil não era político, passando pano para tudo o que o presidente Bolsonaro deixou de fazer para conter o avanço desse vírus maldito em nosso país.

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Outra figura que tem feito um verdadeiro desserviço ao Brasil é o cantor Lobão. Ídolo da juventude de muitos quarentões atuais, o outrora transgressor apoiou veementemente Bolsonaro, sendo uma das vozes mais contundentes do meio cultural em defesa do conservadorismo, chegando a chamar o presidente de mito e dizer que Olavo de Carvalho era o maior intelectual que tínhamos no Brasil.

Chamou atenção neste sábado a enxurrada de comentários nada elogiosos que Lobão recebeu por conta de sua postura agora combativa contra o presidente. Muitos internautas tiraram uns segundos da sua vida para comentar sobre uma entrevista que o cantor deu para a BBC Brasil, onde declara que “se opor a Bolsonaro é higiene moral”.

Lobão ainda disse que o impeachment do presidente deveria ser a “prioridade zero” do Brasil no momento. Segundo ele, o governo federal é uma “virtuose na merda” e se opor a ele é uma questão de “higiene moral”. Assim como muitos dos 57 milhões de brasileiros, o cantor é mais um eleitor que conheceu a verdadeira face destruidora do presidente.

Esses artistas sabem o verdadeiro caos se instalou no Brasil. Sabem o quanto os mais vulneráveis têm. Sabem, inclusive, que poderiam fazer muito mais pelo povo brasileiro. Mas preferem aderir à pandemia moral que ainda atingem milhões, se fazer mea culpa do que fizeram no passado, analisando equivocadamente o acontece no presente e sem se importarem com as perspectivas do futuro.

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