Dólar cai 3,5% em março e chega a R$ 5,70

O mercado financeiro teve um dia misto nesta segunda-feira (31), com o dólar em forte queda e a bolsa de valores registrando uma leve baixa. Apesar do recuo do índice Ibovespa no dia, o mês de março encerrou com uma alta expressiva, impulsionada por fatores internos e externos.

Dólar despenca e fecha o mês em queda

O dólar comercial terminou o dia vendido a R$ 5,706, registrando uma queda de 0,94% (R$ 0,054). A moeda chegou a abrir em alta, mas inverteu a tendência após a abertura dos mercados norte-americanos. No mínimo do dia, por volta das 15h30, aproximou-se dos R$ 5,69.

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A queda mensal foi ainda mais significativa. Em março, a divisa acumulou uma desvalorização de 3,57%, refletindo a menor pressão especulativa e uma maior confiança dos investidores no real. No acumulado do ano de 2025, o dólar já caiu 7,67%.

Bolsa oscila, mas registra melhor mês desde agosto

O índice Ibovespa, principal indicador da bolsa de valores brasileira (B3), fechou o dia com queda de 1,25%, aos 130.259 pontos. A baixa foi parcialmente atribuída à realização de lucros, um movimento natural em que investidores vendem ações para consolidar ganhos recentes.

No entanto, o balanço mensal foi positivo. Em março, o Ibovespa acumulou uma alta de 6,08%, sendo o melhor desempenho desde agosto do ano passado. No acumulado de 2025, o índice já subiu 8,29%.

Tabela: Desempenho do mercado financeiro

Indicador 31 de março Variação do dia Variação mensal Acumulado 2025
Dólar (R$) 5,706 -0,94% -3,57% -7,67%
Ibovespa (pts) 130.259 -1,25% +6,08% +8,29%

Fatores que influenciaram o mercado

Vários fatores internos e externos impactaram os mercados nesta segunda-feira. No Brasil, a formação da taxa Ptax – que corrige parte da dívida pública em dólar – reforçou a desvalorização da moeda norte-americana. Muitos investidores estrangeiros reduziram apostas contra o real, fazendo com que a moeda brasileira se descolasse de outras emergentes, que tiveram desempenho negativo no dia.

No exterior, o mercado reagiu à entrada em vigor do tarifaço do governo Donald Trump. A partir do dia 2 de abril, os Estados Unidos passarão a taxar as importações de acordo com as tarifas impostas pelos outros países sobre seus produtos. Além disso, entrará em vigor uma tarifa de 25% sobre a importação de automóveis, o que pode impactar as montadoras globais.

Perspectivas para abril

Os investidores continuarão atentos aos desdobramentos da política tarifária dos EUA e às expectativas de inflação e juros no Brasil. O bom desempenho do real em março indica um maior otimismo com o mercado nacional, mas a volatilidade pode continuar presente nos próximos dias.

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