Efeito pandemia: empreendedorismo feminino cresceu quase 50% em dois anos

Ambientes de trabalho desiguais e a crise econômica enfrentada no país fizeram com que as mulheres no Brasil empreendessem mais que os homens durante a pandemia. De acordo com os dados do LinkedIn, publicados no Global Gender Gap Report 2022 do Fórum Econômico Mundial, a participação de mulheres no empreendedorismo cresceu globalmente durante a pandemia. No Brasil, a porcentagem aumentou para 41% para elas, em comparação com 22% para os homens em 2020, em relação a 2019.

O aumento de mulheres empreendedoras é entendido como consequência de uma série de desafios que elas enfrentam em suas vidas profissionais. Entre eles, está o fato de que a pandemia fez com que muitas delas assumissem a dupla responsabilidade de trabalhar e cuidar de casa e/ou família, forçando-as a buscar mais flexibilidade do que a oferecida por seus empregadores. Os dados também mostraram que a representação da liderança feminina no Brasil é de apenas 27%, o que coloca o país na 27ª posição dos países citados pela pesquisa e abaixo da média global de 31%. Além disso, a probabilidade de promoções internas à liderança para os homens foi 52% maior em relação às mulheres, em média, em 2021.

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“Durante a pandemia, as mulheres tentaram assumir o controle de suas carreiras criando seus próprios negócios, porém, as empresas ainda precisam fazer muito mais para diminuir a diferença de gênero em termos de representação feminina em cargos de liderança e promoção de mulheres para posições de gestão para criar um mundo de trabalho mais equitativo e inclusivo. afirma Ana Claudia Plihal, Executiva de Soluções de Talentos do LinkedIn no Brasil.

O estudo mostra que as mulheres continuam sub-representadas em cargos de liderança globalmente, ocupando menos de um terço desses espaços na maioria dos países. Vale ressaltar que a sub-representação começa no nível gerencial, criando um fluxo estreito de talentos que diminui de acordo com a senioridade das posições. Enquanto as mulheres ocupam quase (46%) dos cargos de nível básico no Brasil, elas ocupam pouco menos de um terço (35%) dos cargos de gestão e menos de um quarto (23%) dos cargos de liderança sênior (C-level).

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