O Padre Egídio, ex-diretor do Hospital Padre Zé, foi preso na manhã desta sexta-feira (17) por suspeita de desviar recursos públicos destinados à instituição filantrópica que atende pacientes de baixa renda em João Pessoa. O sacerdote é acusado de usar o dinheiro para comprar imóveis de luxo na capital e uma granja milionária no Conde, litoral sul do estado.
Segundo as investigações, o Padre Egídio pode ter desviado cerca de R$ 140 milhões nos últimos dez anos, aproveitando-se da sua posição de presidente da Fundação Padre Zé, que administra o hospital. O religioso teria contado com a ajuda das ex-diretoras do hospital, Amanda Duarte e Jannyne Dantas, que também foram presas na operação.
Após ser detido, o Padre Egídio foi levado para o Instituto de Polícia Científica da Paraíba (IPC), onde realizou exame de corpo de delito. Em seguida, ele foi encaminhado para a Central de Polícia, em João Pessoa, onde passou por audiência de custódia, no Fórum Criminal. O sacerdote estava de máscara e óculos escuro quando chegou ao local, tentando evitar a imprensa.
As ex-diretoras do Hospital Padre Zé, Amanda Duarte e Jannyne Dantas, também devem passar pelo mesmo procedimento. Amanda Duarte cumprirá prisão domiciliar por ter uma filha menor de 1 ano.
A prisão do Padre Egídio causou surpresa e indignação entre os fiéis e os funcionários do Hospital Padre Zé, que tem uma história de mais de 50 anos de assistência social e saúde na Paraíba. O hospital atende cerca de 600 pacientes por dia, oferecendo serviços de clínica médica, cirurgia, ortopedia, oftalmologia, odontologia, fisioterapia, entre outros.
A Arquidiocese da Paraíba, por meio de nota, disse que está acompanhando o caso e que confia na Justiça. A nota também pediu orações pelo Padre Egídio e pelos demais envolvidos.
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