Filme ‘Jackson – na batida do pandeiro’ é exibido no projeto Cinema no Cenário

Documentário de Marcus Vilar e Cacá Teixeira

Jackson – na batida do pandeiro (Paraíba, 1h37min, 2019), direção de Marcus Vilar e Cacá Teixeira, sobre a vida e obra de Jackson do Pandeiro, retoma a edição 2025 do projeto Cinema no Cenário, neste dia 18, às 19h, no Cenário Hostel & Boteco, em Bananeiras, com a presença do diretor e Marcus Vilar e o produtor Heleno Bernardo (da Leme Produções) que vão debater o documentário com o público presente sob a mediação de Sulamita Nóbrega (idealizadora do projeto) e Bertrand Lira (curadoor).

O documentário de Marcus Vilar e Cacá Teixeira (falecido recentemente) nos apresenta o universo íntimo e musical do artista paraibano Jackson do Pandeiro, revelando uma genialidade e originalidade rítmica que influenciaram grandes artistas da MPB. Sua vida foi também marcada por momentos dramáticos e polêmicos, seguindo em paralelo ao seu estrondoso sucesso.

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Depoimentos inéditos sobre o artista, participação em filmes, programas de rádio, frutíferas parcerias, relações pessoais conturbadas, ostracismo e retomada artística, até sua morte, em 1982, na capital federal, compõe a narrativa Jackson – na batida do pandeiro. Jackson foi um dos maiores ritmistas que o Brasil consagrou,

Para a realização de Jackson, Vilar e Teixeira percorreram as principais cidades em que o artista nasceu e se consagrou (Alagoa Grande, Campina Grande, João Pessoa, Recife, Rio de Janeiro e Brasília, essa última aonde veio a falecer). Foram gravados depoimentos de artistas renomados que tiveram “a influência do grande mestre”, como eles mesmos falam em seus depoimentos, a exemplo de: Gilberto Gil, Gal Costa, Lenine, Elba Ramalho, João Bosco, Geraldo Azevedo, Zuza Homem de Melo, Biliu de Campina, Neuza Flores(ex-esposa, que hoje reside em João Pessoa), Almira Castilho (ex-esposa – in memoriam), Geraldo Correia, Genival Lacerda, Zeca Pagodinho, José Gomes, Sobrinho, Santana, familiares, entre outros.

O documentário foi patrocinado pelo Edital Walfredo Rodriguez de Produção Audiovisual, da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), por meio de sua Fundação Cultural (Funjope), e pelo Funcultura do Governo do Estado de Pernambuco.

Segundo Marcus Vilar, o filme começou a ser feito em 2003, mas foi interrompido. “O projeto foi retomado em 2013, justamente com o recurso do edital Walfredo Rodriguez e do Funcultura, do Governo de Pernambuco. Coincidentemente o documentário foi lançado em 2019, ano centenário de Jackson do Pandeiro”. Nascido no dia 31 de agosto de 1919 em Alagoa Grande, na Paraíba, Jackson do Pandeiro conquistou o país com a originalidade de sua música, ganhando o epíteto de Rei do Ritmo e influenciando gerações de artistas, da Tropicália à turma responsável pelo renascimento do samba na Lapa, no Rio de Janeiro.

Entre os entrevistados, a segunda mulher de Jackson, a cantora Almira Castilho (de quem foi parceiro musical), que ainda estava viva quando o filme começou a ser feito, Neusa Flores viúva de Jackson, Gilberto Gil, Gal Costa, Joao Bosco, Hermeto Pascoal, Alceu Valença, Lenine e Pedro Luís, entre outros.

Cacá Teixeira, codiretor do filme, afirmou que “O talento dele é reconhecido por gênios da música brasileira como Hermeto Pascoal, da galera mais nova o Lenine, o Pedro Luís, esse pessoal que continua bebendo nessa fonte que é Jackson. O músico paraibano apressou o compasso do frevo, fez samba no Rio de Janeiro, ganhou festivais de samba, de marcha, foi para a umbanda e outras religiões por conta da sonoridade que existia ali. Um cara que foi alfabetizado ao 35 anos de idade”.

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