A greve dos motoristas de ônibus de João Pessoa, iniciada na última segunda-feira (27), já provoca um impacto significativo no comércio da capital paraibana. Nivaldo Vilar, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de João Pessoa (CDL-JP), estimou um prejuízo de 60% nas vendas, refletindo as dificuldades enfrentadas pelos funcionários para chegar ao trabalho.
Em entrevista, Vilar destacou que a paralisação afeta não apenas o fluxo de clientes, mas também a logística das lojas, que estão buscando alternativas para transportar seus colaboradores. “Estamos enfrentando uma situação complicada, e pedimos compreensão tanto dos empresários quanto dos motoristas para que essa greve seja resolvida o mais rápido possível”, afirmou.
A situação se agrava com as fortes chuvas que atingiram a cidade, dificultando ainda mais o acesso dos consumidores aos estabelecimentos. “Estimamos que o faturamento perdido seja em torno de 60% desde o início da greve, especialmente hoje, devido ao mau tempo”, completou Vilar.
A greve, que entra no segundo dia, deve continuar até a próxima quarta-feira (29), quando uma audiência de conciliação está agendada entre a categoria e o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de João Pessoa (Sintur-JP). Na audiência realizada na segunda-feira, a proposta de reajuste de 5% apresentada pelos empresários foi rejeitada pelos motoristas.
A desembargadora Herminegilda Leite Machado, presidente do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-13), determinou que 60% da frota de ônibus em circulação seja adesivada e fiscalizada pela Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob-JP). O Sintur havia proposto um reajuste linear de 5%, mas a categoria apresentou uma contraproposta de 6%, além de outros benefícios, que não foram aceitos.
A expectativa é que a audiência de instrução na próxima quarta-feira traga uma solução para o impasse e minimize os prejuízos enfrentados pelo comércio local.