João Pessoa registrou a 2ª maior diferença do Brasil entre candidatos no 1º turno das eleições. Com mais de 27% de vantagem de Cícero Lucena contra Marcelo Queiroga, a capital paraibana vive uma situação de praticamente de fatura liquidada. Tudo isso tendo em vista os números que revelam que nos últimos 20 anos somente uma vez aconteceu de um candidato virar a disputa estando atrás mais de 25 pontos percentuais.
Historicamente, reviravoltas nas disputas eleitorais do segundo turno são raras, mas não impossíveis. De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), desde 2004, 27% dos candidatos que ficaram atrás no primeiro turno conseguiram virar o jogo no segundo turno. No entanto, apenas uma vez nos últimos 20 anos um candidato conseguiu reverter uma diferença maior que 25 pontos percentuais.
João Pessoa e a “virada impossível”
No primeiro turno, Cícero Lucena obteve 49,16% dos votos, enquanto Marcelo Queiroga alcançou apenas 21,77%, uma vantagem expressiva de mais de 27%.
Nas eleições de 2024, além de João Pessoa, outras cidades também têm uma grande diferença entre os candidatos no segundo turno. Em Petrópolis (RJ), a diferença entre Hingo Hammes (PP) e Yuri (PSOL) é de 32,19%, a maior do país. Em contrapartida, em Camaçari (BA), a disputa é extremamente acirrada, com apenas 0,35% de diferença entre os candidatos.
Cidade | Diferença no 1º Turno |
---|---|
Petrópolis (RJ) | 32,19% |
João Pessoa (PB) | 27,39% |
São Paulo (SP) | 0,41% |
Camaçari (BA) | 0,35% |
A única virada eleitoral que ocorre desde 2004 que se compara à situação da capital paraibana ocorreu em 2008. E aconteceu na cidade de Santo André. Na ocasião, Aidan Rivan (PTB) estava 27 pontos atrás de Vanderlei Siraque (PT) no primeiro turno, mas conseguiu vencer o segundo turno com 55% dos votos, encerrando 12 anos de gestão petista na cidade. No entanto, esse é o único caso registrado de uma virada com mais de 25 pontos de diferença.
O segundo turno está marcado para o próximo domingo (27).