Justiça Eleitoral reprova contas de campanha de Bruno Cunha Lima

As contas de campanha do prefeito reeleito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima (União Brasil), foram reprovadas pela juíza Daniela Falcão, da 17ª Zona Eleitoral. A decisão determina que Bruno devolva R$ 272.486,48 ao Tesouro Nacional, valor que ainda será acrescido de juros e correção monetária.

A sentença apontou graves irregularidades que comprometeram a transparência da prestação de contas. Segundo a juíza, os problemas são considerados “insanáveis” e violam a Lei nº 9.504/97, que rege o processo eleitoral no Brasil.

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Irregularidades Apontadas

A decisão detalhou as principais falhas identificadas na prestação de contas do prefeito:

  • Contratação de fornecedores sem capacidade operacional: serviços foram contratados de empresas que não apresentavam estrutura para cumprir as demandas.
  • Despesas com empresas de sócios beneficiários de programas sociais: essa prática levantou dúvidas sobre a execução real dos serviços contratados.
  • Três contratos diferentes para o mesmo serviço: houve duplicidade de contratações com um único fornecedor, algo considerado irregular pela Justiça Eleitoral.
  • Falta de documentos essenciais: a ausência de comprovações relevantes impediu a avaliação plena da legalidade das despesas realizadas.

Decisão da Justiça

A reprovação das contas teve como base a gravidade e o impacto das irregularidades no processo eleitoral. A juíza destacou que a ausência de transparência é uma violação à legislação vigente e reforçou a necessidade de rigor na prestação de contas por parte dos candidatos.

Quadro Resumo das Irregularidades

Irregularidade Impacto
Contratação de fornecedores sem capacidade Dúvidas sobre a execução dos serviços contratados
Despesas com empresas de sócios beneficiários Possível uso indevido de recursos públicos
Três contratos para o mesmo serviço Falta de controle e gestão dos recursos
Ausência de documentos essenciais Violação à transparência exigida pela legislação

O Que Pode Acontecer Agora

A decisão da Justiça Eleitoral representa um revés significativo para Bruno Cunha Lima e pode ter desdobramentos políticos e administrativos. Além da devolução do valor estipulado, a reprovação de contas pode gerar desgaste à imagem do prefeito, que iniciou o novo mandato sob intensa fiscalização.

Bruno Cunha Lima ainda pode recorrer da decisão, mas o caso evidencia a importância de uma gestão cuidadosa e transparente dos recursos de campanha.

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