Bolsonaro já teve tempo suficiente para mostrar a que veio. São pouco mais de três anos de mandato e a única coisa boa que conseguimos recordar do seu governo foi o Pix. Que não deve ter sido pensado e produzido em sua gestão.
Com cortes nas universidades, inflação exorbitante, uma falta de vontade e de competência para enfrentar a pandemia, o presidente vê sua popularidade cair em desgraça e derreter como gelo no asfalto no sol a pino do meio-dia.
E o que é pior: todo o seu discurso de combate à corrupção desceu ao esgoto quando ele deu aquele abraço no Centrão e em todos os sigilos impostos a seus gastos. E aquela firula de “pelo menos tiramos o PT” virou conversa fiada que agora só passa no imaginário de quem não tem vergonha de se auto intitular “soldado de Bolsonaro”.
Foi o que aconteceu com o cantor Netinho ontem. O intérprete de Milla não se conteve em somente passar vergonha alheia defendendo o presidente nas redes sociais. Agora ele quer entrar na política para concorrer a um cargo de deputado federal para poder defender Bolsonaro no Congresso.
Netinho é um dos fundadores da Associação Aliados Brasil Conservador (ABC), criada em 2020 para mobilizar os apoiadores do presidente. Sempre com aquela pegada “Deus, Pátria, Família e Liberdade”, que quase sempre se traduz em preconceito e nojo à justiça social.
Uma vergonha alheia sem tamanho que só o tempo vai traduzir.