Na manhã desta quarta-feira (26/06), o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado do Ministério Público da Paraíba (Gaeco/MPPB), em conjunto com órgãos da Secretaria de Estado da Segurança e Defesa Social, a Polícia Civil da Paraíba, o Instituto de Polícia Científica e o Tribunal de Contas do Estado, deflagraram a “Operação Rastreio”. A operação visa o cumprimento de 17 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal de Justiça do Estado.
As investigações, ainda em andamento, apuram a prática de fraudes em licitações, desvios de dinheiro público, corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo as prefeituras de Alhandra, Riachão do Poço e Salgado de São Félix. A principal suspeita recai sobre contratos e pagamentos feitos por essas prefeituras a empresas supostamente contratadas para a locação de veículos, serviços que, de acordo com as investigações, não foram efetivamente prestados.
Até o momento, as apurações indicam a existência de empresas fantasmas, criadas em nome de terceiros, e de veículos supostamente locados que pertencem a pessoas com ligações com os agentes políticos investigados. Foram identificados veículos localizados em outros estados e veículos que não foram abastecidos pelas prefeituras responsáveis durante o período dos contratos, indicando que não foram utilizados, embora os valores de locação tenham sido pagos.
Os mandados judiciais estão sendo cumpridos nas residências dos investigados, nas sedes das empresas envolvidas e nas prefeituras de Alhandra, Riachão do Poço e Salgado de São Félix. A operação mobilizou três promotores de Justiça, 33 agentes do Gaeco/MPPB, 60 policiais civis e auditores do Tribunal de Contas do Estado, todos trabalhando em conjunto para reunir provas e esclarecer os fatos.
Essa ação é parte de um esforço maior para combater a corrupção e garantir a correta aplicação dos recursos públicos. A operação reflete o comprometimento das autoridades em investigar e punir atos ilícitos que prejudicam a sociedade e o erário público, destacando a importância de uma atuação coordenada entre diferentes órgãos de fiscalização e controle.
As próximas etapas das investigações devem aprofundar a análise dos contratos e pagamentos realizados pelas prefeituras, visando identificar todos os envolvidos e as reais dimensões das irregularidades. As autoridades esperam que a operação sirva como um alerta e desestimule práticas corruptas em outras administrações municipais, reforçando a necessidade de transparência e responsabilidade na gestão pública.