A paraibana Silvana Pilipenko passou 32 dias vivendo o horror da guerra entre a Ucrânia e a Rússia. Casada com um ucraniano, ela fugiu do conflito com o marido e a sogra de 87 anos e passou muitas dificuldades até conseguir sair do país. Água potável e usar madeira de móveis para cozinhar foram algumas das restrições que ela enfrentou, além do medo dos bombardeios.
Aviões lançando bomba, prédio em que eles moravam balançando pelo impacto dos mísseis, sair de casa era um risco. Porém, a insistência do filho, que estava em outro país, e a luta para encontrá-los, os levou à Crimeia, ponto de partida para a chegada à Paraíba, que aconteceu na madrugada deste domingo (10), quando foram recepcionados por familiares e amigos.
“Eu passei 32 dias na guerra, foram 32 dias que dormíamos muito mal, quando saímos de lá, nós atravessamos um território russo muito perigoso, com muitos pontos de controle, muitas fronteiras. Você vive o momento e não consegue raciocinar como será o amanhã, como será o depois, porque eu já não pensava mais sobre isso”, disse Silvana, ao chegar no Aeroporto de João Pessoa.
As condições de sobrevivência eram as piores. Silvana detalhou algumas dificuldades que passou com o marido ucraniano, Vasyl Pilipenko, e a sogra de 87 anos. Ela também contou que até para buscar água era difícil e que usou a madeira de alguns móveis para fazer fogo e cozinhar – em clima de baixa temperatura
Da Redação, com o G1