Paraibanos da seleção olímpica campeã no meio de uma polêmica de soberba

Os dois jogadores paraibanos da seleção brasileira de futebol que foi campeã olímpica estão no meio de uma polêmica.

Isto porque o atacante Matheus Cunha, o goleiro Santos e todos os demais atletas subiram ao pódio para receber a medalha de ouro sem o agasalho oficial da delegação olímpica brasileira. E a atitude deu muito o que falar.

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O nadador Bruno Fratus, por exemplo, que medalhista em Tóquio, fez um protesto público em nome da quase totalidade dos atletas que representam o Brasil em olimpíadas.

Ele ressaltou que o futebol do País, não pode ignorar as regras a que está submetido e se projetar acima das demais modalidades esportivas.

Após o título, conquistado com vitória sobre a Espanha, os jogadores da Seleção não vestiram o uniforme oficial da delegação para receber a medalha.

E por que isso?

O que estava em jogo ali era uma briga comercial. A empresa chinesa Peak, rival da Nike – que é a patrocinadora master da Seleção -, era a fornecedora do agasalho que deveria ser usado no pódio do futebol. Contudo, não seguiram a determinação do Comitê Olímpico Internacional (COI).

Os jogadores descumpriram a regra, argumentando que a ordem partiu da CBF. Além disso, amarraram o agasalho na cintura, seguindo para o pódio com a camisa da Nike. O gesto vai levar o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) a tomar algumas medidas. “Para preservar os direitos do movimento olímpico, dos demais atletas e dos nossos patrocinadores”, conforme nota divulgada no domingo pela entidade.

Agir assim representa um risco que pode comprometer a trajetória de vários desses atletas que não desfrutam da mesma visibilidade e poder financeiro dos que jogam pela Seleção brasileira de futebol. Aqui, salários milionários brotam com facilidade. Entre os Isaquias, as Rebecas e as Rayssas, a situação é diferente. Esse abismo é mais acentuado ainda quando o foco são os competidores que não conseguem medalhas e não são cortejados por patrocinadores.

O futebol brasileiro, no caso o masculino, é reincidente em ações que vão em direção oposta à essência olímpica. A começar pelo desprezo na hora de receber medalhas que não são de ouro. Foi assim com a prata em 1984,1988 e 2012 e com o bronze, em 1996 e 2008.

Com o portal Terra

Francois Nel/Getty Images

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