Uma pesquisa do Datafolha revelou que 62% dos brasileiros com 16 anos ou mais são a favor da proibição do uso de celulares nas escolas por crianças e adolescentes. O apoio à proibição é ainda maior entre pais de crianças com até 12 anos ou adolescentes de até 18 anos, chegando a 65%, quase dois terços dos entrevistados. Esses dados mostram que a preocupação com os impactos dos dispositivos móveis no ambiente escolar é de interesse da sociedade em geral.
Celulares trazem prejuízos ao aprendizado
Entre os entrevistados, 76% acreditam que os celulares trazem mais prejuízos do que benefícios ao aprendizado. Esse índice sobe para 78% quando o recorte é apenas entre pais de crianças e adolescentes. O uso excessivo dos aparelhos durante as aulas é um fator de distração, comprometendo o rendimento acadêmico dos alunos.
Acesso ao celular entre crianças e adolescentes
A princípio, a pesquisa também mostra que uma parcela significativa das crianças e adolescentes já tem acesso a um celular próprio. Contudo, entre os pais de crianças de até 12 anos, 43% afirmaram que seus filhos possuem o aparelho. Para aqueles com filhos de até 18 anos, o percentual chega a 50%.
Outros dados relevantes
Ao mesmo tempo, o levantamento revela diferenças de opinião sobre o assunto com base no gênero e no nível de escolaridade. Veja os detalhes na tabela abaixo:
Segmento | Apoio à proibição de celulares | Celular traz mais prejuízos ao aprendizado |
---|---|---|
Mulheres | 62% | 78% |
Homens | 61% | 73% |
Pais com filhos de até 12 anos | 65% | 78% |
Pais com filhos de até 18 anos | 65% | 78% |
Ensino Fundamental completo | 59% | – |
Ensino Superior completo | 69% | – |
Eleitores de Lula (PT) | 61% | – |
Eleitores de Bolsonaro (PL) | 63% | – |
Discussão política sobre o tema
O tema ganhou força também no âmbito político. O ministro da Educação, Camilo Santana, está preparando um projeto de lei sobre o assunto. Contudo, a proposta deverá dar mais segurança jurídica aos estados que já possuem legislações sobre o tema, como o Ceará, que aprovou uma lei em 2008.