Por que a CIA recomendou que Bolsonaro não questionasse as eleições no Brasil?

A gente vive um constante questionamento do processo eleitoral brasileiro por parte de um nicho de políticos e eleitores. Até os militares já entraram na discussão.

Assuntos como voto impresso, possibilidade de intervir em urnas eletrônicas foram e são amplamente divulgados e postados até pelo próprio presidente da República. Bolsonaro chega a afirmar que tem provas sobre fraudes, mas nunca mostrou nada além da sua postura intolerante, conservadora e somente com o desejo de fazer cortina de fumaça para seu desastroso governo.

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Contudo, uma informação que circula desde ontem dá conta de que o próprio Serviço de Inteligência dos Estados Unidos, a CIA, indicou que o presidente e sua trupe parasse de questionar a integridade das eleições no Brasil.

A informação, divulgada pela agência de notícias Reuters, dá conta de que o aviso foi feito durante uma reunião em 2021. Ainda não está claro onde a reunião aconteceu, mas Burns esteve no Brasil em julho, numa viagem não prevista em agenda oficial.

Na época, o diretor encontrou Bolsonaro, o ministro-chefe do Gabinete Institucional, o general Augusto Heleno, além do então diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem.

A agência questionou a CIA e a Presidência da República sobre o assunto, mas não obteve resposta até então. Os ataques de Bolsonaro ao sistema eleitoral do país, bem como ao voto eletrônico, sem apresentar provas, têm sido constantes.

Ontem mesmo, aqui na Paraíba, Bolsonaro voltou a questionar o processo eleitoral e ainda disse que as Forças Armadas não serão apenas expectadores das eleições.

Lisura

Por mais que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já mostrou que as urnas eletrônicas são seguras, contra invasões (já que não estão em rede) e emitem comprovante impresso no início e final das votações, muitos eleitores embarcam nas ideias de Bolsonaro e acabam desmerecendo toda a lisura desta iniciativa.

Os americanos acompanharam de perto o Bolsonaro deles perderem uma eleição. Ficou berrando nas redes sociais para parar a contagem. Acusou fraudes sem poder provar e fez com que o pêndulo da democracia balançasse com episódios como a invasão do Capitólio.

No Brasil, já vivemos esses tempos de intolerância e agora sabemos que aquele período foi sinônimo de tortura, prisão, exílio e morte. E mesmo que a CIA tenha ajudado naquele momento, parece que agora ela está do lado da democracia. E que assim permaneça.

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