O Brasil tem vivido nessas olimpíadas uma grande subversão ao garantir medalhas em esportes pouco reconhecidos e praticados no Brasil e até vítimas de perseguições e preconceitos ao longo de sua história.
Quem diria que até o momento a única medalha de ouro que garantimos até agora nos Jogos Olímpicos foi no surf?
Isso mesmo. Um esporte tido por muitos como coisa de maconheiro. Junto com o skate, já somaram para o nosso país três medalhas.
Quer comparar isso? Em 1992, nas Olimpíadas de Barcelona, conquistamos exatamente três medalhas (2 ouros, um no vôlei e outro com Rogério Sampaio no judô e a prata de Gustavo Borges na natação).
Tudo isso só indica que ainda temos muito o que evoluir nos nossos próprios conceitos, quebrando paradigmas. O esporte e o Brasil são plurais o suficiente para cada um de nós ter um esporte para praticar e para torcer.
E por que ganharam?
E essas medalhas estão vindo porque os seus ganhadores são figuras de renome mundial, campeões, bem ranqueados, ídolos dentro do esporte, mas com pouquíssima exposição por aqui.
O até agora único campeão olímpico pelo Brasil, Ítalo Ferreira, já foi campeão mundial em cima do Gabriel Medina, mas grandíssima parte da Paraíba por exemplo, estado bem pertinho de Baía Formosa, cidade natal do surfista, só passou a conhecê-lo com essa medalha olímpica.
Precisamos é valorizar esses atletas, que lutam desde cedo para ascender no esporte. Cada incentivo conta. Cada torcida vale. E que coisa boa é acompanhar as Olimpíadas.
