Neymar é verdadeiramente um craque controverso. Bom de bola ele é, mas ainda não representou isso em títulos e protagonismo. Apesar de se achar, nunca conquistado uma Copa nem foi escolhido o melhor mundo. E tem uma carreira pautada em expulsões bestas, atuações instáveis e sua eterna fama de cai-cai.
Mesmo assim, ele fez um desabafo, após se tornar o artilheiro em eliminatórias sul-americanas nesta quinta-feira, 9, ao marcar um gol na vitória por 2 a 0 sobre o Peru.
“Estou muito contente, muito feliz, com a ajuda de meus companheiros. Mas não sei mais o que eu tenho que fazer com essa camisa pra galera começar a respeitar o Neymar”, disse o astro do PSG visivelmente incomodado após o jogo disputado em Recife.
Ao ser perguntado sobre esse incômodo, ‘Ney’ garantiu que as críticas são de “todo tipo” e vêm “há muito tempo”.
“É algo de vocês, repórteres, comentaristas e outros também. Às vezes nem gosto mais de falar em entrevistas, mas em momentos importantes venho dar meu parecer”, acrescentou.
Antes de manifestar seu desconforto, o camisa 10 do Brasil se disse feliz quando questionado sobre o gol que marcou contra o Peru, que o tornou o brasileiro com mais gols em eliminatórias sul-americanas, com 12, um a mais que Romário e Zico.
Criticado pelo peso
Antes do superclássico com a Argentina no domingo em São Paulo, suspenso por uma suposta violação de protocolos anticovid por parte de quatro jogadores argentinos, Neymar foi criticado na imprensa e nas redes sociais por supostamente estar acima do peso, o que foi negado pelo jogador e pela comissão técnica da Seleção.
“O coletivo é o mais importante, Mas ao mesmo tempo fico contente de ser o goleador máximo de eliminatórias, maior assistente com a camisa da seleção e logo, se Deus quiser, será uma honra passar o Pelé”, acrescentou
‘O Rei’, com 77 gols, tem o status de artilheiro da seleção verde-amarela. Até esta quinta-feira, quando foi ultrapassado pelo argentino Lionel Messi, esse era o maior recorde de gols de um sul-americano com sua seleção.
Do A Tarde/AFP