O uso do pronome neutro já é uma evolução fruto do pensamento progressista de quem respeita um semelhante.
Nossa linguagem sempre premiou o uso do pronome masculino e essa quebra surgiu quando as mulheres começaram a lutar o uso do pronome feminino. O que era “Bom a todos” passou a virar “Bom dia a todas e todos”, com o pronome feminino sempre antes para premiar ainda mais as mulheres.
Contudo, a comunidade LGBT se sentiu no direito (e concordamos com isso) de neutralizar esse pronome para contemplar todos os públicos.
Pode parecer estranho, exdrúxulo e inusitado, mas a verdade é que tudo o que foge do ambiente e costumes machistas mexe com o status quo de certa parcela da nossa civilização que achou normal a escravidão, acha absurda uma família homoafetiva e se preocupa mais que o pronome neutro do que com os crimes homofóbicos.
Avançar é parcela preponderante do nosso mundo. Mas o progresso só existe quando todos são contemplados. Principalmente os mais vulneráveis. Que sempre nadam contra a corrente do preconceito.