O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de João Pessoa (Sintur-JP), Isaac Júnior, defendeu enfaticamente a manutenção das faixas exclusivas para ônibus na capital paraibana. Segundo ele, essas faixas são um “recurso eficiente” para melhorar a fluidez do trânsito na cidade.
Atualmente, João Pessoa conta com cerca de 21 quilômetros de faixas exclusivas, e Isaac Júnior argumenta que sua manutenção e expansão são cruciais. “As faixas preferenciais são uma ferramenta adotada por capitais e grandes cidades ao redor do mundo para promover a mobilidade urbana. Elas demonstram a prioridade dada ao transporte coletivo”, afirmou.
Isaac destacou que cada ônibus em João Pessoa transporta, em média, 60 passageiros, o que representa a retirada de aproximadamente 40 carros das ruas. “O transporte coletivo é mais eficiente, menos poluente e contribui para um trânsito mais fluido”, ressaltou.
Por outro lado, o novo superintendente da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob-JP), Marcílio do HBE, anunciou estudos para a possível extinção das faixas exclusivas. Ele enfatizou que a decisão final será baseada em testes e estudos técnicos, que serão apresentados ao prefeito.
A discussão tem gerado polêmica entre os usuários do transporte coletivo, que temem um aumento no tempo de percurso dos ônibus caso as faixas sejam extintas. Já alguns motoristas defendem que as faixas poderiam ser utilizadas para aliviar os congestionamentos.
Na Avenida Dom Pedro II, por exemplo, os ônibus percorrem 2,6 quilômetros de faixa preferencial em apenas oito minutos, com uma velocidade média de 19,5 km/h, segundo Isaac Júnior.
A decisão sobre o futuro das faixas exclusivas em João Pessoa continua em debate, com opiniões divergentes entre especialistas, usuários e motoristas.
