A proposta para o piso do magistério em forma de abono apresentada na semana passada pelo prefeito Bruno Cunha Lima (PSD) é a maior derrota de todos os tempos para os profissionais da educação e não passará. Essa é a constatação do sindicalista, professor da rede Municipal campinense e ex-vereador Napoleão Maracajá.
“Na gestão do ex-prefeito Cássio Cunha Lima, muitos servidores recebiam parte de seus salários em forma de abono. Décadas depois, o prefeito Bruno Cunha Lima apresentou uma proposta de reajuste do piso do magistério com abono. Retrocesso, não!”.
A proposta do prefeito, na visão de Napoleão, é “indecente, indecorosa, imoral e ilegal”.
Além disso, ele destaca que ressuscita uma das partes mais trágicas da história do servidor público Municipal. “Trata-se da exumação fúnebre da história do servidor, querer pagar parte do piso com abono é, para além disso, aleijar, tirar, castigar e penalizar os aposentados, arrancando, amputando, metade do reajuste da classe”, afirma o sindicalista.
Napoleão lembra que, ao invés dos 33,24% a que os professores têm direito, Bruno propõe aos aposentados, que tiveram uma história de luta, dedicação e sofrimento ao povo, apenas metade do reajuste.
“A proposta é indecorosa, desumana, covarde e inaceitável. Já começamos nossa luta para que isso seja derrubado”, salientou.
Napoleão afirma ainda que vários prefeitos, além do Governo do Estado, já estariam pagando integralmente o piso com o novo reajuste e que a categoria não pode aceitar que o prefeito de Campina Grande, depois de receber muito dinheiro do Novo Fundeb, venha com desculpa esfarrapada.
“Não aceitaremos, de forma nenhuma, essa desculpa esfarrapada. Não ao golpe do abono”, concluiu.
Do Blog de Heleno Lima