A taxa de sindicalização das pessoas de 14 anos ou mais ocupadas na Paraíba, após sucessivas quedas desde 2017, caiu mais uma vez e chegou a 9,5%, em 2023, atingindo o ponto mais baixo da série histórica, de acordo com os resultados do módulo Características Adicionais do Mercado de Trabalho, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD C), divulgados nesta sexta-feira (21), pelo IBGE. Mesmo assim, o indicador paraibano manteve-se acima da média brasileira (8,4%) e igual à média nordestina (9,5%), além de ter sido o 4º maior da região e o 6º mais elevado do país.
Dos cerca de 1,5 milhão de pessoas ocupadas no estado, no ano passado, somente 147 mil estavam associadas a sindicato. O número representa um recuo de 11,4% frente ao registro feito em 2022, quando havia 166 mil pessoas nessa condição. Já em comparação ao início da série histórica, em 2012, ano em que o contingente de sindicalizados era de 278 mil pessoas, houve queda de 47,1%.
![Taxa de sindicalização na PB recua mais uma vez e chega a 9,5%, em 2023.](https://agenciaparaiba.com.br/wp-content/uploads/2024/06/taxa-mensalidade.jpg)
Taxa de sindicalização das mulheres se iguala à dos homens pela primeira vez, na PB
Na Paraíba, em 2023, diferentemente dos cenários nacional e estadual, não havia diferença entre mulheres e homens no que diz respeito à taxa de sindicalização, os indicadores de ambos os grupos tendo sido de 9,5%. É a primeira vez, desde 2012, início da série histórica, que tal equiparação é observada na Paraíba, onde a taxa de sindicalização masculina sempre esteve acima da feminina.
Na região Nordeste, por sua vez, a taxa de sindicalização das mulheres vem se apresentando superior à dos homens ao longo de toda a série histórica, a diferença em favor delas tendo se mantido em 2023, quando os percentuais foram de 10,1% e 9,1%, respectivamente.
Já na média brasileira, a situação era inversa, a proporção do grupo masculino sendo historicamente mais elevada que a do grupo feminino, com exceção de 2022, quando foram registradas taxas de 9,1% para eles e de 9,3% para elas. Em 2023, a taxa nacional masculina (8,5%) voltou a ser mais alta que a feminina (8,2%).
Um outro indicador apresentado pela pesquisa foi a taxa de associação a cooperativa de trabalho ou produção, entre os ocupados como empregador ou conta própria no trabalho principal. Na Paraíba, em 2023, essa taxa foi de 4,9%, indicando queda em comparação a 2022 (5,6%). Apesar do recuo, o indicador estadual foi o 2º maior da série desde 2016 (4,8%), além de ter sido o mais alto do Nordeste e de ter ficado acima das médias nacional e regional, ambas de 4,5%.