Uma votação aqui na Paraíba pela exigência do comprovante de vacinação para entrar em lugares fechados tem chamado atenção. E tudo isso pelos inúmeros comentários contra a imunização contra a Covid-19.
E os argumentos são os mais esdrúxulos possíveis: garantir o direito e ir de vir, que a vacina é experimental, que o passaporte sanitário é tirania e até mesmo que a lei não vai impedir a transmissão do vírus.
Ora, bolas. Todo esse tempo dialogando sobre as vacinas e um nicho de pessoas ainda não aprendeu que a vacina é para impedir que seu corpo sofra os danos mais graves da doença.
Proteção
A imunização não impede que você seja infectado pelo Covid. E o que essa lei quer é garantir que você se vacine, que você esteja protegido para frequentar ambientes fechados. Contudo, todos os protocolos sanitários devem ser mantidos por enquanto.
O que mais chama atenção é a politização do tema. De remédios até a própria vacina, uma parcela da população, que cada vez diminui mais, ainda acredita e brada pelo direito de ignorar a pandemia para seguir o pensamento negacionista do presidente.
Contudo, essa celeuma criada a troco de nada já tirou a vida de muitos que seguiram essa absurda teoria. Nos jogou de volta no tempo ao começo do século passado, quando houve uma revolta da vacina porque muitos não queriam ser imunizados contra a varíola.
Naquela época, a população que rejeitava ser vacinada porque o imunizante consistia no líquido de pústulas de vacas doentes. Afinal, era esquisita a idéia de ser inoculado com esse líquido. E ainda corria o boato de que quem se vacinava ficava com feições bovinas.
E isso lembra o que? A vacina que tem chip. A que vira jacaré? Qualquer ficção é mera semelhança. O tempo será implacável com essa atitude presente. E, como disse Rita Lee recentemente: “éramos para estar no tempo dos Jetsons, mas estamos caminhando para o tempo dos Flinstones”.