Violência contra mulheres no Brasil: números alarmantes e caminhos para a mudança

Nos últimos 12 meses, a violência contra mulheres no Brasil atingiu níveis alarmantes, com uma pesquisa do Datafolha, encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, revelando que mais de 21 milhões de brasileiras, ou 37,5% do total, sofreram algum tipo de agressão. O estudo, que ouviu 2.007 pessoas em 126 municípios, destaca que 91,8% das agressões ocorreram na presença de terceiros, evidenciando a necessidade urgente de conscientização e ação da sociedade.

Principais Dados da Pesquisa

Tipo de ViolênciaPercentual (%)Número de Vítimas (aprox.)
Ofensas verbais31,4%17,7 milhões
Agressão física16,9%8,9 milhões
Ameaças de agressão16,1%8,5 milhões
Stalking16,1%8,5 milhões
Abuso sexual10,7%5,3 milhões
Lesão por objeto atirado8,9%4,4 milhões
Espancamento ou tentativa de estrangulamento7,8%3,7 milhões
Ameaça com faca ou arma de fogo6,4%3 milhões
Divulgação de fotos íntimas sem consentimento3,9%1,5 milhão

Impacto da Violência na Sociedade

A pesquisa revela que a violência não afeta apenas as vítimas diretas, mas também as crianças que testemunham esses atos. O ambiente familiar se torna um espaço de insegurança e caos, perpetuando um ciclo de violência que pode se estender por gerações. Samira Bueno, diretora-executiva do Fórum, destaca que a naturalização da violência pode influenciar a forma como as futuras gerações lidam com relacionamentos, tornando-as mais propensas a se tornarem vítimas ou agressores.

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O Papel da Sociedade

A pesquisa também aponta que a maioria das agressões ocorre dentro de casa, com 57% das mulheres relatando que a violência mais grave aconteceu em sua residência. Isso reforça a necessidade de políticas públicas que não apenas incentivem as mulheres a romperem o ciclo de violência, mas que também ofereçam redes de apoio estruturadas para garantir sua segurança.

 

 

Como Pedir Ajuda

Se você ou alguém que você conhece está enfrentando violência, é crucial saber onde buscar ajuda. Aqui estão algumas opções:

  • Emergências: Ligue 190.
  • Violência contra mulheres: Disque 180.
  • Mapa do Acolhimento: Conecta sobreviventes a uma rede de psicólogas e advogadas voluntárias.
  • Justiceiras: Orientação para registrar boletins de ocorrência e solicitar medidas protetivas.
  • Recomeçar: Acolhimento para mulheres em situação de risco em São Paulo.
  • Instituto Maria da Penha: Oferece atendimento remoto e especializado.

Os dados apresentados pela pesquisa são um chamado à ação. A violência contra mulheres é um problema que afeta toda a sociedade e requer uma resposta coletiva. É fundamental que todos nós, como cidadãos, nos tornemos aliados na luta contra essa epidemia de violência.

 

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