O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome e a Associação Brasileira de Telesserviços (ABT) discutiram nesta terça-feira (4.07) as ações para inserir no mercado de trabalho as pessoas inscritas no Cadastro Único, que reúne os beneficiários de programas sociais. O setor de telesserviços e serviços de call center é um dos que têm acordos com o Governo Federal para capacitar e empregar esse público. A empresa AeC, a primeira a aderir à iniciativa, contratou cinco mil pessoas do Cadastro Único em 2022, o que representa 50% das vagas ofertadas.
“Desses cinco mil, 3,3 mil eram do Bolsa Família. São pessoas que estão tendo a primeira oportunidade de emprego, jovens, mulheres, e onde mais precisa, que são as cidades do interior, do Nordeste”, disse Guilherme Noronha, presidente da ABT e fundador da AeC. Na reunião com o ministro, os empresários se comprometeram também a ampliar a parceria para todas as empresas da associação no Plano de Inclusão Socioeconômica.
O setor de telesserviços e serviços de call center é um dos que mais geram empregos no país, especialmente para os mais jovens, entre 18 e 24 anos. “Estive em João Pessoa celebrando uma parceria com a AeC e, agora, também nos juntamos com a ABT, entidade que congrega todas as áreas do telesserviço do Brasil”, lembrou o ministro Wellington Dias, que visitou a capital paraibana em 26 de junho para assinar Acordos de Cooperação Técnica com o setor privado.
Durante o acordo com as empresas, há acompanhamento técnico, avaliação das ações desenvolvidas e a criação de novas oportunidades de acesso à renda para os inscritos no programa.“A ideia é trabalhar de mãos dadas, olhar, principalmente, para a geração de emprego, para o público do Cadastro Único e do Bolsa Família, dando oportunidade para que as pessoas possam, pelo emprego, pela renda fruto do trabalho, poder crescer”, afirmou Wellington Dias.
Este setor é apenas um de uma lista que só aumenta, com as mais diversas empresas que têm aderido às ações de inclusão socioeconômica.“Nós vamos começar a estruturar a nossa parceria. Além de grande empregador, o nosso setor é muito inclusivo, com um público eminentemente feminino, jovem. Essa é a cara do Brasil que a gente quer fazer florescer, especialmente com um grande ingresso na região Nordeste do país”, planejou Gustavo Faria, vice-presidente da ABT.
Acordos com grandes empresas no Amapá, Pará, no Maranhão, na Paraíba, no Piauí, em Sergipe e São Paulo foram firmados para destinar vagas de trabalho com carteira assinada ao público do Cadastro Único, que conta com os perfis de mais de 41 milhões de famílias do país, com diversos tipos de qualificação.
O MDS, junto aos estados e municípios, busca os perfis solicitados pelas empresas, realiza o contato e encaminha para os parceiros, que qualificam as pessoas conforme suas necessidades.