O humorista Renato Aragão, de 88 anos, conhecido por milhões de brasileiros como Didi, não poderá mais usar esse apelido em produtos e serviços. Isso porque ele perdeu o direito de utilizar a marca “Didi” vinculado ao seu nome, para uma empresa chinesa de tecnologia chamada Beijing Didi Infinity. A informação é do jornalista Ricardo Feltrin.
Segundo o jornalista, o Instituto Nacional de Propriedade Individual (INPI) avisou Renato que o vencimento da marca estava próximo, mas ele não renovou o registro. Assim, a empresa chinesa aproveitou a oportunidade e adquiriu os direitos sobre a marca “Didi” no Brasil. Agora, Renato terá que negociar com a empresa se quiser continuar usando o apelido que o consagrou na TV e no cinema.
Renato Aragão está fora da televisão desde 2020, ano em que rompeu seu contrato com a Globo. Ele anunciou o retorno aos palcos na última terça-feira com o espetáculo “O Adorável Trapalhão” série baseada em sua história de vida e trajetória profissional.
Quem é Renato Aragão “Didi”?
Aos 88 anos, Aragão é considerado um dos maiores comediantes do Brasil. Em 1977, estreou na Globo, após três anos na TV Tupi. Líder dos Trapalhões, programa que ficou no ar antes do “Fantástico” até 1995, quando os atores Mussum e Zacarias faleceram. Depois disso, Didi não ficou para trás e ganhou um programa dominical no período da tarde, chamado “A Turma do Didi”, exibido até 2010. Em 2017 houve uma tentativa de fazer a trupe voltar, dessa vez com Dedé Santana, Didi e outros atores que não estavam presentes no original — o projeto não vingou e, desde então, o comediante não atuava mais na TV.
A lista de filmes que Aragão estreou é tão extensa quanto sua carreira. Ao todo, foram 42 produções — entre elas “Ali Babá e os Quarenta Ladrões”, de 1972, “O Incrível Monstro Trapalhão”, de 1981 e “Simão, o Fantasma Trapalhão”, de 1998. Seu filme mais recente foi “Os Saltimbancos Trapalhões: Rumo a Hollywood”, em 2017.
Renato Aragão é um ícone da cultura brasileira e um exemplo de persistência e talento. Mesmo perdendo a marca “Didi”, ele ainda tem muito a oferecer ao público que o admira há décadas.