Uma investigação que durou mais de um ano resultou na desarticulação de um grupo criminoso que pretendia atacar carros-fortes e agências bancárias na Paraíba e em outros estados. Denominada Operação Carcará, a ação continuada teve como desfecho a apreensão de um fuzil antiaéreo calibre .50, dois fuzis nos calibre 7.62 e 5.56, além de 70 explosivos e mais de mil munições de fuzil. Cinco pessoas foram presas.
O balanço desse trabalho foi detalhado nesta terça-feira (28), pelo secretário da Segurança e da Defesa Social, Jean Nunes, durante entrevista coletiva à imprensa no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), em João Pessoa. Também participaram da entrevista o delegado-geral da Polícia Civil, André Rabelo; o subcomandante da Polícia Militar, coronel Ronildo; e Roosevelt de Luna, chefe da Seção de Operações Polícia Rodoviária Federal (PRF) na Paraíba.
![Delegado Diego Beltrão, titular da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco).](https://agenciaparaiba.com.br/wp-content/uploads/2024/05/unnamed-5-1024x683.jpg)
As investigações foram iniciadas pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), que, em ação integrada com a Polícia Militar e a Polícia Rodoviária Federal (PRF), conseguiu desarticular o grupo criminoso, evitando iminentes ataques às instituições financeiras e de transporte de valores. De acordo com o secretário Jean Nunes, a ação conjunta das forças de segurança foi crucial para o desfecho exitoso da operação.
“Isso não é um trabalho que se faz de última hora. É fruto de uma investigação continuada, que conseguiu mapear esses criminosos que atuam em todo o Nordeste. Tivemos em torno de 15 dias ininterruptos de operação somente no que se refere à execução das ações policiais, mas isso aqui é trabalho de mais um ano de investigação. É uma das maiores apreensões de fuzil e de munições de fuzis no Nordeste, nos dias atuais”, completou o secretário.
Jean Nunes lembrou que, em 2019, a Paraíba criou uma força-tarefa de repressão a roubos a bancos e a carros-fortes, e desde então esse tipo de crime vem reduzindo consideravelmente no estado. “Para termos uma ideia, a quantidade de roubos a bancos na Paraíba no ano de 2018 foi maior do que os casos somados nos quatro anos seguintes, ou seja, no período entre 2019 e 2023. Isso é reflexo direto do trabalho estratégico que foi e vem sendo feito pela força-tarefa criada lá em 2019”, enfatizou.