O governador João Azevêdo declarou situação de emergência em saúde pública na Paraíba por conta do aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). O decreto 43827/23 foi publicado na edição desta quarta-feira (28) do Diário Oficial do Estado (DOE).
O documento destaca a necessidade de adoção de medidas urgentes voltadas à prevenção e controle da síndrome, bem com de ampliação da rede de atenção à saúde infantil.
“A situação de emergência de que trata este Decreto autoriza a adoção de todas as medidas administrativas necessárias ao atendimento da situação emergencial”, diz a publicação.
E continua: As ações e os serviços públicos de saúde voltados à contenção da emergência serão articulados pela Secretaria de Estado da Saúde, a qual caberá instituir diretrizes gerais para a execução das medidas necessárias, podendo, para tanto, expedir normas complementares, por intermédio do Centro de Operações em Emergência de Saúde Pública — Doenças Respiratórias na área de Pediatria (COE-Pediatria).
O que é Síndrome Respiratória Aguda Grave?
A Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG ou SARS) é uma doença respiratória contagiosa e potencialmente fatal, causada por um tipo de coronavírus (SARS-CoV) que afeta os pulmões e provoca pneumonia grave. A SRAG surgiu em 2002 na China e se espalhou pelo mundo em alguns meses, mas foi rapidamente contida. Não há casos conhecidos desde 2004.
A SRAG é transmitida pelo contato direto com pessoas infectadas, através de gotículas respiratórias que saem quando alguém tosse, espirra ou fala. Os principais sintomas são febre, tosse seca, falta de ar, dor no peito, dor de cabeça e mal-estar geral. Os sintomas podem piorar rapidamente e levar à insuficiência respiratória grave, que pode ser fatal.
O diagnóstico da SRAG é feito com base nos sintomas, no histórico de saúde, no contato com pessoas doentes e em exames como radiografia de tórax, tomografia computadorizada, eletrocardiograma, ecocardiograma e teste de RT-PCR para identificar o coronavírus.
O tratamento da SRAG é principalmente de suporte, com uso de oxigênio, fluidos intravenosos e medicamentos para aliviar os sintomas. Não há tratamentos específicos nem vacinas para a SRAG. A prevenção envolve medidas de controle de infecção, como lavar as mãos, usar máscara, evitar aglomerações e contato com pessoas doentes.