O litoral da Paraíba volta a ser palco de um alerta ambiental com o reaparecimento do peixe-leão. Originário da Ásia e com sua presença registrada no oceano Atlântico a partir do Caribe, esse peixe invasor tem sido avistado ao longo da costa brasileira, causando preocupação entre os pesquisadores.
Recentemente, a Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) registrou um caso na última semana de março, no município de Pitimbu. Este não é o primeiro avistamento na região: em janeiro, um pescador local capturou imagens de um peixe-leão a mais de 35 quilômetros da costa do município de Cabedelo, a 79 metros de profundidade, em um dos primeiros registros do tipo no país.
Por que o peixe-leão liga o sinal de alerta ambiental?
O peixe-leão é uma ameaça à biodiversidade marinha devido à sua natureza predatória. Como predadora generalista, tem a capacidade de consumir uma ampla variedade de peixes nativos, podendo levar à extinção de espécies locais, conforme alerta o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Os primeiros avistamentos na Paraíba datam de abril de 2023. Na ocasião, exemplares do peixe apareceram em Jacumã e João Pessoa. Posteriormente, registros ocorreram em Acaú, no município de Pitimbú, no Litoral Sul do Estado.
Diante desse cenário, a população deve estar ciente das precauções ao encontrar um peixe-leão. A principal recomendação é não pegar no animal. Ele possui espinhos venenosos na nadadeira dorsal, podendo causar danos à fauna marinha e até mesmo aos seres humanos.
Caso alguém veja um peixe-leão, é fundamental entrar em contato com a Sudema por meio do telefone 83 9200-7927. Ao mesmo tempo, também é possível acessar o formulário online disponível, permitindo que as autoridades competentes tomem as medidas necessárias para lidar com a situação. Em suma, a conscientização e a colaboração da comunidade são essenciais para preservar o ecossistema marinho da região.