Na sexta-feira passada, uma falha nos sistemas operativos Windows da Microsoft gerou um mega-apagão informático, impactando cerca de 8,5 milhões de computadores ao redor do mundo. Este problema causou transtornos significativos em várias indústrias, incluindo companhias aéreas, financeiras, de mídia e industriais. O levantamento é da própria Microsoft, que divulgou em seu blog oficial, através do vice-presidente de segurança para empresas e sistemas operacionais, David Weston.
Impacto Global da Falha
Embora o número de computadores que sofreram com o apagão presente “menos de 1% de todas as máquinas Windows”, os impactos econômicos e sociais foram grandes devido ao uso do ‘CrowdStrike’ por empresas que gerenciam serviços críticos, explicou Weston. A falha originou-se nos Estados Unidos, resultando na suspensão de voos de várias companhias aéreas e afetando operações em diversas partes do mundo.
A Causa do Problema
A origem da falha foi uma atualização defeituosa nos sistemas Windows da Microsoft. A princípio, tem relação à funcionalidade de cibersegurança CrowdStrike Falcon, utilizada no Windows 10. O Falcon é reconhecido como o único antivírus que utiliza inteligência artificial, segundo a CrowdStrike. A atualização defeituosa afetou serviços de transporte, aeroportos, mídia e mercados financeiros globalmente.
Resposta da CrowdStrike
George Kurtz, presidente-executivo da CrowdStrike, pediu desculpas publicamente a todas as organizações e indivíduos afetados, esclarecendo que o incidente não se tratou de um ciberataque, mas sim de um erro em uma atualização enviada pela empresa. Ele destacou a gravidade da situação, que resultou na queda de 13% das ações da CrowdStrike, mas garantiu que o problema teve correção.
Recuperação dos Sistemas
Os serviços informáticos começaram a ser restaurados ao longo da sexta-feira, porém, a recuperação total dos sistemas pode levar semanas, conforme mencionado pelo instituto de tecnologias de informação do Reino Unido. George Kurtz também admitiu que esse processo de recuperação pode demorar “algum tempo”.
Esforços da Microsoft
David Weston, vice-presidente do grupo empresarial da Microsoft, afirmou que o incidente estava “fora do controle da Microsoft”. Em resposta, centenas de engenheiros e especialistas se mobilizaram para ajudar as organizações e restabelecer seus sistemas e minimizar os impactos da falha.
A falha destacou a dependência crítica de empresas e setores industriais de tecnologias de cibersegurança e a necessidade de constante vigilância e aprimoramento dos sistemas operativos para evitar futuros incidentes de proporções semelhantes.