O estado da Paraíba foi o segundo do país que mais reduziu o número de vítimas de violência letal no primeiro semestre de 2023, segundo um estudo do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). O levantamento mostra que a Paraíba teve uma queda de 22,4% nos assassinatos, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte, em comparação com o mesmo período do ano anterior.
Apenas Roraima teve uma queda maior, de 22,5%. Sergipe ficou em terceiro lugar, com 19,01%. Esses estados fazem parte das regiões Norte e Nordeste do país, que apresentaram as maiores quedas na violência letal. Essas regiões têm taxas elevadas de mortalidade e têm recebido investimentos e políticas públicas voltadas para a prevenção e a repressão qualificada dos crimes.
“Note-se que todos os estados com as maiores quedas são das regiões Norte e Nordeste do país e que, na média, são as que possuem taxas bastante elevadas e que, nos últimos anos, têm merecido investimentos e, sobretudo, a necessária atenção e priorização do desenho de políticas públicas que articulem prevenção e repressão qualificada”, aponta o FBSP.
O estudo também mostra que o Brasil teve uma queda de 9,4% no número de vítimas de violência letal no primeiro semestre de 2023, totalizando 19,7 mil mortes. Por outro lado, 10 estados registraram alta nas mortes, sendo que Amapá teve o maior aumento nos crimes do país: 65,1%. Todas as regiões do Brasil tiveram queda de assassinatos, com exceção do Sudeste. O estado do Rio de Janeiro teve a maior alta na região: 17,3%.
Mesmo com os aumentos de violência em alguns estados, a queda no primeiro semestre de 2023 aponta que o país está seguindo a mesma tendência nacional de 2022 e dos últimos anos, de diminuição gradual dos indicadores.
Os especialistas do Núcleo de Estudos da Violência da USP e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública elencam alguns pontos para explicar a queda dos indicadores nos últimos anos como a profissionalização do crime, assassinatos que oscilam de acordo com as disputas das facções e estados com maiores quedas têm, historicamente, taxas altas.
O estudo completo pode ser acessado no site do Fórum.