A primeira vez que ouvimos falar em granada no Governo Bolsonaro foi naquela fatídica reunião ministerial do presidente e seus auxiliares onde o ministro Paulo Guedes falou que colocou um artefato desses no bolso dos servidores públicos. Era a granada pra negar reajustes e benefícios que várias categorias pleiteavam.
E, juntando com as granadas de ontem atiradas pelo ex-deputado Roberto Jefferson, aliado de primeira ordem do presidente, logo percebe-se que muitas ações do presidente formam um triste de verdadeiro festival de granadas jogadas constantemente no povo.
São granadas que nos atingiram através de cortes na saúde. Farmácia Popular, tratamento de câncer, etc. O desmonte recorrente na educação. Laboratórios fechados. Verba que mal dar pra pagar o custeio.
Tem as granadas que atingiram em cheio o salário mínimo. Sem aumento real para acompanhar a inflação. Congelando valores até de aposentadoria e benefícios de quem precisa.
As granadas do ódio também necessitam de espaço nesse humilde texto. Igrejas invadidas, padres chamados de comunistas por defenderem o combate à fome. Trinta e três milhões de pessoas em situação de pobreza extrema e o presidente criando o orçamento secreto e sigilo de 100 anos para esconder o arsenal de granadas que sequer sabemos.
Agora, faltando poucos dias para o segundo turno das eleições, temos a possibilidade de analisar e avaliar o tamanho do prejuízo que esse arsenal bélico traz para o nosso povo. Granadas não foram feitas para construir nada. É justamente o contrário. Só se constrói com trabalho e amor ao próximo. Respeitando religiões, crenças e, principalmente, a Constituição. Essa sim é a nossa principal arma para estancar essa guerra insana.