Nos últimos anos, a educação em tempo integral tem se destacado como uma ferramenta fundamental para elevar o nível de aprendizagem no Brasil. De acordo com dados do Censo Escolar 2023, a Paraíba está em quarto lugar e quatro estados do Nordeste ocupam as cinco primeiras posições no ranking nacional de matrículas nessa modalidade.
Nordeste no Topo
O Ceará lidera com impressionantes 40%, seguido pelo Piauí com 37%, Paraíba com 26%, e Maranhão, também com 26%. Em terceiro lugar está Tocantins, com 29%. Enquanto isso, São Paulo se destaca como o estado melhor colocado do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, com quase 25% das matrículas nessa modalidade.
O modelo de tempo integral é reconhecido como uma ferramenta crucial para melhorar a qualidade da educação. Em média, os países da OCDE oferecem quase 11 horas semanais de aulas apenas para disciplinas essenciais como Matemática, língua nativa e língua estrangeira, mais da metade do tempo disponível nas escolas de tempo parcial.
Aumento de Matrículas
Em 2023, o Brasil registrou um aumento significativo nas matrículas em tempo integral. Nos anos iniciais do ensino fundamental (do 1º ao 5º ano), o aumento foi de 11,4% para 13,6%. Nos anos finais (do 6º ao 9º), foi de 13,7% para 16,5%, e no ensino médio, de 20,4% para 21,9%.
A rede estadual de Pernambuco é um exemplo destacado, com impressionantes 67% das matrículas em tempo integral. O modelo criado pelo estado, que incluiu a primeira escola de tempo integral do Brasil, tornou-se uma referência para outros estados.
As redes municipais do Ceará também se destacam, com 51% das matrículas em tempo integral. A partilha de impostos estaduais entre municípios, considerando o auxílio mútuo para atingir metas educacionais, tem impulsionado o desempenho educacional em várias cidades do estado.
Desafios e Compromissos Futuros
O ministro da Educação reconheceu as desigualdades apresentadas pelos dados do censo, especialmente nas escolas indígenas e quilombolas. Para combater essas disparidades, o governo sancionou o programa Escola em Tempo Integral, que visa transformar 3,2 milhões de vagas de tempo parcial para integral até 2026, com um investimento de R$ 4 bilhões.
Em suma, o compromisso é claro: continuar investindo na educação em tempo integral como uma forma eficaz de melhorar a qualidade do ensino e reduzir as desigualdades educacionais em todo o país.