A empresa catarinense Alleanza Projetos e Consultoria, que foi contratada para fazer o projeto principal da obra de alargamento de quatro praias da capital, teve o contrato cancelado pela Prefeitura de João Pessoa. O contrato custou R$ 275 mil.
A gestão vai priorizar, agora, todas as ações na recuperação da barreira do Cabo Branco e deixou de lado, pelo menos por enquanto, o projeto polêmico de ampliação da faixa de areia.
No fim de junho, a auditoria do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba (TCE-PB) apontou irregularidades na licitação feita pela Prefeitura de João Pessoa para o alargamento.
A auditoria foi feita ao examinar a defesa apresentada pela gestão municipal, após representação oferecida pelo Ministério Público de Contas (MPC), através da Força-Tarefa do Patrimônio Cultural.
Para fazer o projeto, a prefeitura abriu uma licitação na modalidade ‘convite’, da qual participou três empresas: Alleanza Projetos e Consultoria LTDA., Ambiville Engenharia Ambiental e Hydroinformatics Colutions LTDA.
Dentre os problemas apontados pela análise, assinada pela auditora Renata Diniz, está “fortes indícios de direcionamento” para escolha da empresa Alleanza, que foi responsável por intervenções nas praias de Balneário Camboriú e Balneário Piçarras em Santa Catarina.
Em maio, o Ministério Público Federal (MPF) abriu inquérito civil para apurar o processo de ‘engorda’ da orla de João Pessoa, anunciado pela prefeitura da capital.
No despacho, assinado no último dia 03, o procurador João Raphael Lima Sousa afirma que a prefeitura de João Pessoa, quando solicitadada pelo Tribunal de Contas, não forneceu todas informações sobre o que já havia sido feito em relação a proposta de engorda.
Com o Jornal da Paraíba