Há exatamente dois anos a Organização Mundial da Saúde(OMS) declara o vírus COVID-19 uma pandemia global.
Aprendemos nesse tempo que o ser humano pode ser vítima das próprias circunstâncias, das mentiras que ouvem e das inverdades que digerem para abraçar um extremismo de intolerâncias.
Também aprendemos que o vírus é tão inteligente quanto os humanos. Que eles se adaptam, sofrem mutações e agridem o próximo sem pena.
Aprendemos a ter um luto constante, a sepultar nossos mortos sem despedidas. Aprendemos a compartilhar a dor da solidão do isolamento e usufruir da tecnologia que estava ao nosso alcance e ignoravámos por pura preguiça.
E aprendemos, acima de tudo, a valorizar cada encontro. Cada ida na rua, no supermercado, na praia. Que viver é um sopro e não adianta viver de mal da vida porque no fim somos todos um número na estatística.
