O Brasil tem um alto índice de jovens que não trabalham e nem estudam. Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em 2022, 36% dos brasileiros entre 18 e 24 anos estavam nessa situação, ficando em segundo lugar no ranking mundial, só perdendo para a África do Sul.
Esses jovens fazem parte da chamada “geração nem-nem”, que tem dificuldades em se inserir no mercado de trabalho e não consegue dar continuidade aos seus estudos.
De acordo com um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a maioria da geração nem-nem é composta por mulheres, sendo a gravidez precoce a principal causa.
O estudo do Ipea também revela que o Brasil tem 3 milhões de pessoas desocupadas, que estão buscando emprego há mais de dois anos, e cerca de 5 milhões de desalentados — quem desistiu de procurar trabalho. Metade deles não tem o ensino fundamental completo, e 25% estão na faixa etária de 18 a 24 anos.